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usibernard
Como lidar com uma pessoa que está transtornada?
Eu tenho uma única irmã. A irmã que é a primogênita dos irmãos – somos mais 4 homens. E a vida em família tem sido um inferno total em torno de tudo que tange ao relacionamento com ela. Todos moramos com a minha mãe. Somos todos maiores, e as idades de adultos de fato. Ela tem 39, eu 38, um irmão de 35 e dois gêmeos de 25. E ela fica infernizando a gente e o foco é na minha frágil mãe de 68 anos. Não trabalha tem anos e agora quer que minha mãe banque a vida dela (na verdade uma vida básica e sem abusos), pois alega que ela precisa que a ajudem, pois ela nos ajudou durante dez anos, como se nenhum de nós tivesse trabalhado e tivesse ficado 100% dependente dela. Joga todos contra todos. Fala que eu não tive a capacidade de ser primogênito (e?) e que tenho inveja dela por isso e enfim... eu nem sei de onde que ela tirou essas coisas e me impressiona até hoje ouvir isso, mas o pior foi eu ter achado que seria bom negócio o embate – ledo engano meu.
Somos todos criados em um lar de cristãos e somos muitos cheios de defeitos como todos – graças a Deus. Isso é tranqüilo. Mas de uns 10 anos para cá a coisa foi ficando muito pior do quer era. Tivemos uma adolescência bem afastados, eu e ela os dois mais velhos, pois brigamos certa feita quando eu tinha 14 anos e fiquei muito magoado com a dureza e rispidez que ela sempre fez questão de usar em tudo. Aí o tempo foi passando voltamos a nos falar depois de uns 5 anos, mas sempre, no que era mais simples, ela sempre ia ao extremo do extremo, e isso foi ficando muito duro para mim, e então preferi sempre me manter distante. E aí as vezes o enfrentamento acontecia por instinto mesmo, quando se via o lance tinha degringolado. Quando nos demos por conta o tempo foi passando e os irmãos foram ficando mais maduros e a briga foi piorando até sermos todos da família “os errados” e ela “a certa” não importando assunto e sempre dura ao extremo e hoje temos uma relação totalmente desgastada e doente. Há dez anos meu pai faleceu e ela e ele estavam brigados – isso foi um duro golpe na vida dela. Não a odeio, mas odeio o que ela faz questão de fazer sempre: ser dura, ferir, espizinhar, denegrir procurar tudo que é possível para manutenção de rixas infindáveis. Nunca ouvi minha irmã dizer um “fazendo favor”, “por favor” ou “obrigado” naturalmente com aquela intimidade de irmãos mesmo, para um de nós... o máximo foram coisas do tipo “não estão fazendo mais do que a obrigação de vocês” e “grande coisa fazer isso”.
Esse prazer em brigar e em ir ao extremo numa discussão que ela tem, me causou estranheza e fui atentando para a possibilidade de não ser apenas uma questão de personalidade. Errei muito (e em dias que a mente está com mais assuntos, erro ainda) batendo de frente, desmontando os argumentos, azedando a falta de sabor que ela colocava em tudo que os outros irmãos são, fui sendo bem duro também e expondo a mente, muitas vezes maligna, dela ao ridículo e muitas vezes humilhando-a em todos os sentidos – intelectuais e existenciais, etc. – achando que isso era algo que daria certo, pois tenho o tal do raciocínio lógico aguçado, por atuar em áreas que necessitam dessa dinâmica, e até hoje as vezes não me controlo e aí fica uma discussão sem fim e sem bom senso, para o mundo todo ouvir, dos vizinhos aos anjos. Ela sem ter o que falar vai sempre buscando coisas e mais coisas do túnel do tempo e jogando na mesa para abalar emocionalmente a discussão, mas com o passar do tempo fui ficando blindado (de tanto “apanhar” nas discussões) e ela foi ficando descontrolada ao ponto de sempre ela terminar aos berros, xingando todos palavrões possíveis, na ponta dos pés, jogando objetos, ameaçando desgraças na minha vida material com as quais ela se vingará de mim, acusando de ter quebrado todos os princípios que um crente em Cristo poderia, pelo fato de eu usar com leveza da liberdade sem me deixar subjugar pelas amarguras que uma pessoa que não é mais do que uma religiosa evangélica tomada pelo medo de não ser aceita por Deus pela imperfeição que tem.
Como gosto muito de tentar entender as pessoas para ter relacionamentos positivos (seja nas relações familiares, de trabalho ou pessoais) falei com psicólogos certa vez e eles me disseram coisas que me assustaram de certa forma, pois embora eu ache que a coisa ficou assim de 10 anos para cá, ela pode ter, desde a mais tenra infância, alguma neurose (transtorno) de alguma ordem, que se ela estiver feliz com a situação dela não há o que fazer, que se ela não quiser encarar um tratamento com necessário ela vai morrer assim e que os desgastantes confrontos que aconteceram, julgando eu serem necessários, exacerbaram a situação ao ponto que ficou. Já tive que segurar meus irmãos no braço para não ter brigas mais feias, ela chamou a polícia em casa alegando que a trancamos fora de casa, já disse que meu irmão xingou minha mãe para me jogar contra meu irmão, fala que se ela não tivesse pago minha matrícula na faculdade nunca teria me formado, que tenh
2 AnswersPsicologia1 decade ago