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Diverticulite . . .?

Como tratar? Pode ser hereditária? Existe algum medicamento que pode causar esta doença?

Gostaria que respondessem com links sobre essa doença.

Obrigada

3 Answers

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  • 1 decade ago
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    Diverticulite

    Diverticulite é uma inflamação que se manifesta basicamente no intestino grosso, parte final do intestino que se distribui pelo abdômen formando uma espécie de U invertido (imagem 1). Responsável pela absorção de água, armazenamento e eliminação dos resíduos da digestão, o intestino grosso começa no íleo (porção final do intestino delgado) e é dividido nos seguintes segmentos: ceco (tem configuração semelhante ao fundo cego de um saco e onde se localiza o apêndice vermiforme), cólon ascendente (sobe até o fígado e forma um ângulo à direita chamado flexura hepática), cólon transverso (localiza-se na parte superior do abdômen e desce na altura do baço) e cólon descendente que desemboca no cólon sigmóide, reto e canal anal.

    O intestino grosso é formado por diferentes camadas de tecido (imagem 2). Na superfície externa, existe uma camada translúcida, bem fininha, chamada serosa. Depois, vem a camada muscular formada por músculos lisos que comprimem e empurram o bolo alimentar para expulsá-lo através do ânus. A camada mais interna, representada em lilás na imagem, é constituída por uma mucosa cheia de glândulas e preparada para produzir muco, enzimas e anticorpos que vão defender esse órgão de substâncias estranhas e agentes agressores.

    A mucosa é irrigada por vasos existentes na camada serosa e que atravessam a camada muscular. Isso cria um ponto de fragilidade no músculo e, em determinadas condições, a mucosa pode formar uma hérnia, semelhante a um dedo de luva invertido: é o divertículo. Nele pode penetrar e ficar retida pequena quantidade de fezes que recebe o nome de fecalito. Havendo condições favoráveis, bactérias também podem assestar-se nesse local.

    A presença de numerosos divertículos no intestino recebe o nome de diverticulose. A diverticulite ocorre quando eles inflamam, podendo apresentar abscesso ou perfuração.

    Drauzio – Por que algumas pessoas estão mais sujeitas a formar divertículos?

    Aytan Sipahi – A diverticulose, ou doença diverticular, é provocada pela falta de fibras na dieta alimentar. Fibras ajudam a criar volume fecal maior e as contrações do cólon têm anteparo.Quando elas não existem, como acontece nas dietas à base de carboidratos refinados e proteínas, por exemplo, a pressão dentro do intestino aumenta e facilita a herniação.

    É provável que fatores dietéticos expliquem a freqüência maior dessa doença no mundo ocidental. Quando se manifesta no Oriente, ela acomete mais o cólon ascendente que se situa no lado direito do abdômen. Já no Ocidente, o cólon descendente e o sigmóide são os mais afetados.

    Dado interessante foi constatado no que se refere à incidência da diverticulose na população japonesa. Apenas 18% dos japoneses que vivem no Japão apresentam a doença, enquanto esse número sobe para 50% entre os japoneses que se mudaram para o Havaí e adotaram hábitos alimentares ocidentalizados.

    Outro fator que influi na formação de divertículos é a idade. Com o passar dos anos, a musculatura lisa do cólon vai perdendo a elasticidade e podem formar-se pequenas hérnias ou divertículos. Em geral, eles aparecem depois dos 50 anos. Abaixo dos 40, a doença costuma ser rara, mas quase 85% dos indivíduos com 85 anos apresentam o problema.

    Evidentemente, fatores genéticos também devem ser considerados. Hoje se estudam os genes que possam determinar alterações nas fibras da musculatura responsáveis pelo processo de contração intestinal e aparecimento de divertículos.

    A diverticulite é uma inflamação que pode ter como causa uma perfuração induzida por alguma droga ou por agressão ao cólon e está sujeita a complicações graves.

    Drauzio – Você disse que os orientais têm diverticulite mais do lado direito e os ocidentais, mais do lado esquerdo do intestino. Existe alguma explicação para essa diferença?

    Aytan Sipahi – Pesam os hábitos alimentares dos dois grupos. Estudando os bantus, povo africano que praticamente desconhece essa doença, em 1971, pela primeira vez, Burkitt (médico inglês famoso pela descoberta do linfoma de Burkitt) levantou a possibilidade de a diverticulose ser provocada pela falta de fibra na alimentação do homem.

    Além disso, a pressão intercolônica, isto é, a pressão dentro do lume do cólon é maior nos pacientes com diverticulose do tipo ocidental e praticamente normal naqueles com diverticulose do tipo oriental.

    Drauzio – Que conduta se deve adotar diante da suspeita de diverticulite?

    Aytan Sipahi – A diverticulite incide mais em pacientes que estejam tomando drogas oncológicas, nos imunodeprimidos, nos diabéticos. O primeiro passo é sempre fazer um diagnóstico preciso, hoje muito facilitado pela tomografia computadorizada e pelo exame de ultra-som, de menor sensibilidade que a tomografia, mas também bastante útil. Sintomas de peritonismo, quer dizer, se a dor aumentar com a descompressão brusca do abdômen, indicam a necessidade de internação em hospital, onde o paciente permanecerá em jejum recebendo antibióticos de largo espetro.

    Todavia, se não houver sinais de gravidade, inicia-se o tratamento clínico, prescrevendo antibióticos, dieta leve e líquida e observa-se a evolução do quadro por 72 horas. Geralmente, 80% desses casos evoluem para cura.

    Só depois de quatro ou cinco semanas, o paciente faz uma colonoscopia para confirmar o diagnóstico. Fazê-lo na fase inicial da doença traz o risco de agravar o processo de perfuração, uma vez que um possível abscesso tamponado pelas alças intestinais serve de proteção, de aderência. É bom repetir que o exame de colonoscopia feito precocemente pode provocar o trânsito livre das fezes pela perfuração que, na cavidade abdominal, provocarão quadro de peritonite grave.

    Drauzio – Como é feita a colonoscopia?

    Aytan Sipahi – A colonoscopia é feita para examinar a superfície interna do cólon. Para tanto, introduz-se um tubo com fibra ótica pelo ânus que vai fotografando as regiões por onde passa, deixando ver se há orifícios ou pequenas evaginações da mucosa. Ela registra também a ocorrência de processos inflamatórios.

  • 1 decade ago

    Roberta S -

    Semana passada minha adorada avó foi internada e o diagnóstico foi Diverticulite, fiquei muito chateado porque as notícias que tenho a respeito dessa doença é sempre de casos terminais. Não vou poder te ajudar pois nada sei sobre esse problema, mas vendo sua pergunta me interessei e entrei e pra minha surpresa a única resposta que tem de MESENGA é simplesmente uma aula sobre esse assunto, então peço licença e carona na sua pergunta para agradece-lhe como também ao MESENGA que tirou muito das minhas dúvidas. Obrigado e abraços....

  • M.M
    Lv 7
    1 decade ago

    Diverticulite

    A diverticulite, também conhecida como diverticulose, é uma doença que afeta diretamente o intestino grosso, com formação e inflamação dos divertículos (pequenas aberturas em forma de bolsa ou saco presentes no determinado órgão). Além disso, permite o acúmulo de material fecal na parede do cólon. Esse tipo de doença manifesta-se com mais freqüência em pessoas de terceira idade, por volta dos 60 anos.

    Sintomas

    A maioria das pessoas que sofrem de diverticulite não apresentam sintomas. Outras apresentam um pequeno sangramento nas fezes. A melhor maneira de identificar a doença é consultar seu médico regularmente.

    A curto/médioprazo

    Dor abdominal (geralmente do lado inferior esquerdo do abdômen)

    Diarréia Cólicas

    Alteração do hábito intestinal

    Sangramento retal

    Febre

    A longo prazo

    Perfuração do intestino

    Abscesso (excesso de pus no intestino)

    Formação de uma fístula (lesão)

    Diagnóstico

    Os sintomas podem ser confundidos com outras doenças, como úlceras, apendicite, cólicas e infecções. O médico deve pedir exames para não ocorrer erros. Deve perguntar sobre o histórico médico do paciente, fazer o exame do toque no reto para determinar se existe inflamação ou sangue e estudos mais detalhados, como a ultra-sonografia.

    Prevenção

    Pessoas com uma dieta balanceada em fibras são menos propensas a desenvolver diverticulite. Recomenda-se comer frutas, verduras e grãos. Exercícios físicos também são aconselhados.

    Tratamento

    A melhor forma de tratamento para a diverticulite é incluir mais fibras na dieta. A fibra não irá curar, mas ajudará a prevenir a evolução da doença. Antibióticos também são indicados e, em casos extremos, uma dieta de líquidos e repouso absoluto. Se o paciente sentir muita dor ou houver infecção, serão aplicados antibióticos por via intravenosa. O procedimento mais comum é a cirurgia de retirada do cólon, se o paciente apresentar hemorragia intensa ou obstrução da parece do cólon. Ela somente é necessária nos casos mais extremos

    Quando procurar um profissional

    Deve-se procurar um médico quando a dor no abdômen, acompanhada de febre, persistir por várias horas, intensificando-se gradualmente. O proctologista é o médico que, além de uma pós-graduação em cirurgia geral e digestiva, realizou, também, treinamento específico para o estudo e tratamento das doenças do cólon e ânus.

    Prognóstico

    Seguindo o tratamento e adotando mais fibras na dieta, o prognóstico é excelente. Boa parte das pessoas com diverticulite não apresentam sintomas, mas aquelas que foram hospitalizadas recebem alta após 2 ou 4 dias depois do início tratamento.

    Editora responsável: Dra. Elisabete Almeida - drabete@lincx.com.br

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