Yahoo Answers is shutting down on May 4th, 2021 (Eastern Time) and beginning April 20th, 2021 (Eastern Time) the Yahoo Answers website will be in read-only mode. There will be no changes to other Yahoo properties or services, or your Yahoo account. You can find more information about the Yahoo Answers shutdown and how to download your data on this help page.

Qual foi o acordo feito entre a Bolívia e Estados Unidos em 1900 com relação ao Estado do Acre ?

Fale sobre que tipo de comprometimento, proteção; vantagens dos americanos sobre o Acre

5 Answers

Rating
  • Anonymous
    1 decade ago
    Favorite Answer

    Só sei que o cardo foi assinado pelo Barão do Rio Branco e também que aquele território hoje estado brasileiro foi comprado por alguns milhões de cruzados , moeda da época no Brasil bjs}

  • 1 decade ago

    O problema da extração de látex nas bacias dos rios Juruá, Purus e Acre era que ela ocorria em território boliviano. Em 1867, Brasil e Bolívia assinaram o Tratado de Ayacucho fixando os limites entre os dois países. Na porção mais ao norte, a fronteira entre os dois países seria uma reta que iniciava no ponto em que o paralelo 10o 20’ cortava o rio Madeira e que ia até a nascente do rio Javari. O texto do tratado permitia também o entendimento de que o próprio paralelo fosse a linha de fronteira.

    Contudo, talvez pelo pouco conhecimento que se tinha da região, o artigo cinco do tratado previa que “se para o fim de fixar, de um a outro ponto, limites que sejam naturais e convenientes a uma e outra nação, parecer vantajosa a troca de territórios, poderá esta ter lugar, abrindo-se, para isso, novas negociações”.

    Pelos termos do acordo, o atual estado do Acre não ficava em território brasileiro, como foi reconhecido por nosso governo no início da questão. Em 1898, o governo brasileiro autorizou os bolivianos a instalarem uma alfândega na localidade de Puerto Alonso, atual Porto Acre. A cidade fica no ponto onde o rio Acre desemboca no Purus.

    O estabelecimento funcionou de três de janeiro de 1899 a 30 de abril de 1899, quando um grupo de seringalistas liderado pelo advogado José Carvalho deu um ultimato ao representante do governo da Bolívia, que se retirou três dias depois.

    A ação contou com o apoio de comerciantes de Manaus e do presidente do estado do Amazonas, José Cardoso Ramalho Jr. Em pouco mais de três meses de operação, a alfândega dera um prejuízo de três mil contos de reis ao tesouro do estado. Uma vez que o látex produzido na região já tinha pago o imposto de exportação na Bolívia, não estava, portanto, sujeito aos impostos brasileiros.

    No dia 14 de julho de 1899 era proclamada a República do Acre. O primeiro presidente foi o espanhol Luiz Galvez Rodrigues de Arias. Em junho do mesmo ano, Galvez denunciara a existência de um acordo entre os governos da Bolívia e dos EUA em que este último se comprometia a defender os direitos bolivianos, a região do Acre por via diplomática ou, em caso de guerra, fornecendo armas e recursos. O acordo, depois negado pelos dois países, teria sido trazido pela canhoneira Wilmington, que navegou o rio Amazonas até o Peru sem autorização do governo brasileiro.

    O então ministro das Relações Exteriores, Olinto de Magalhães, defendendo a interpretação tradicional do Tratado de 1867, não reconheceu a república e tampouco quis intervir, alegando ser o território boliviano.

    Após o governo de La Paz ter enviado três expedições sem sucesso, a primeira República do Acre foi dissolvida, no dia 15 de março de 1900, por militares enviados pelo governo brasileiro.

    Depois disso, os bolivianos mandam nova força militar que é barrada pelos seringueiros em Porto Acre. Ao receber a notícia, o novo presidente do Amazonas, Silvério Néri, organizou um grupo que ficou conhecido como a Expedição dos Poetas. Esses proclamaram a segunda república do Acre e foram derrotados pelos bolivianos em setembro de 1900.

    Source(s): Google >>>Biblioteca - Geografia
  • 1 decade ago

    A denúncia de Galvez

    Luis Galvez, então repórter em Belém, descobriu e denunciou nos jornais paraenses (03/06/1899) a existência de um acordo secreto estabelecido preliminarmente entre diplomatas da Bolívia e dos Estados Unidos da América que formalizava uma aliança entre os dois países. Por esse acordo, em caso de guerra entre o Brasil e a Bolívia pelo domínio do Acre, os Estados Unidos apoiariam militarmente a Bolívia. A revelação desse acordo preliminar chocou a opinião pública brasileira, apesar (03/06/1899) das autoridades bolivianas e norte-americanas negarem veementemente as denúncias veiculadas pelos jornais.

  • 1 decade ago

    em 11 de julho de 1901 foi assinado pela Bolívia o contrato de arrendamento do Acre com um sindicato formado por capitalistas norte-americanos e ingleses.

  • How do you think about the answers? You can sign in to vote the answer.
  • 1 decade ago

    História da borracha

    O primeiro relato sobre o uso desse produto foi feito por Colombo, após sua segunda viagem a América. Tinha chamado a atenção do navegador o fato de as bolas feitas pelos indígenas quicarem ao invés de perderem força, como acontecia com as bolas de couro.

    Essas bolas, contudo, não eram o único uso que faziam do látex. Os Maias, por exemplo, usavam esse material para manufaturar garrafas. As populações da bacia amazônica empregavam a seiva para fazer seringas e capas impermeáveis. Ela servia, ainda, para a confecção de tochas. Neste caso, após seco, o material servia de combustível.

    O interesse dos franceses pela borracha começou nos anos de 1740. Logo anteviram as possibilidades de uso dos tecidos emborrachados na fabricação de roupas impermeáveis. Antes, porém, o primeiro emprego prático desse material foi para apagar textos escritos a lápis, proposto em1770 por um astrônomo britânico.

    Em 1791, foi desenvolvida na França a primeira técnica para se fazer tecidos emborrachados, usando látex e terebentina.

    Mas nessa fase, a produção de artigos emborrachados se concentrava no Brasil. A partir de 1820 começou a exportação de galochas produzidas em Belém para os EUA. Em 1823, saíram do Pará para Boston, o principal porto de entrada na América do Norte, mais de 25 mil pares.

    A exportação paraense de galochas não foi suspensa nem pela Cabanagem. Entre 1836 e 1839 foram mandados para o exterior cerca de 457 mil pares.

    O comércio de produtos de borracha acabou despertando o interesse de inventores e capitalistas nos EUA e na Europa. A primeira fábrica de artigos emborrachados, segundo Leandro Tocantins, principal fonte para essa parte do texto, foi fundada em Viena, em 1828. No ano seguinte era aberta outra em Berlim e, em 1833, a primeira fábrica nos Estados Unidos.

    Com isso, as exportações de manufaturados foram paulatinamente perdendo lugar para as de látex que serviam de matéria-prima para esses produtos. Esse processo teve início em 1850.

    A razão dessa mudança foi a invenção do processo de vulcanização nos EUA e na Grã-Bretanha, no início dos anos de 1840.

    Até então, artefatos de borracha apresentavam três problemas. O primeiro era que, em curto espaço de tempo, os produtos desenvolviam odor desagradável. Depois, quando submetidos ao calor, ficavam moles e pegajosos. No frio, por sua vez, iam perdendo a maleabilidade até ficarem duros e quebradiços.

    Com a vulcanização, isso mudou. Criado em separada por Charles Goodyear (EUA) e Thomas Hancock (Grã-Bretanha), esse processo consistia na adição, entre outros materiais, de enxofre ao látex natural.

    O que se observa aqui é que pela falta de pesquisa no aprimoramento do produto, o Brasil passou da condição de exportador de manufaturados de borracha para a de exportador de matéria-prima, cuja demanda internacional só crescia.

    Isso terá conseqüências importantes para a história do Acre, mas, antes, é preciso conhecer a última revolução no uso da borracha natural.

    Em 1888, o filho menor do veterinário John Dunlop se recuperava de um forte resfriado. Como forma de tratamento, o médico recomendou que o pequeno Dunlop pedalasse para se recuperar. Preocupado com o conforto do filho, o veterinário resolveu emendar pedaços de lona emborrachada para fazer uma câmara de ar. Para dar maior resistência, a câmara foi revestida por uma roda oca de borracha. Nasceu, assim, o pneu, que veio praticamente junto com o automóvel. Hoje, cerca de 70% da borracha natural produzida destina-se à fabricação de pneus.

    Ocupação do Acre

    Quatro fatores concorreram para a ocupação da região onde hoje se encontra o estado do Acre. O primeiro, deles foi o aumento crescente da demanda por borracha natural pelas razões apresentadas acima.

    O segundo se deve a um acaso da natureza. Apesar de, como dito antes, plantas produtoras de látex serem encontradas nas Américas Central e do Sul, a variedade com maior produtividade e com o produto de melhor qualidade ocorria naturalmente no Brasil.

    A seringueira (hevea brasiliensis) não era plantada e a busca de bosques ainda não explorados movia os atores da economia da borracha – aviadores, seringalistas e seringueiros. Os primeiros eram donos de casas comerciais que contratavam seringueiros e lhes aviavam, daí aviadores, os recursos necessários em troca das bolas de borracha. Os segundos controlavam os seringais ou gomais, áreas com grandes concentrações da árvore. O último era o responsável pela extração e beneficiamento do látex.

    O terceiro fator foi a disponibilidade de mão-de-obra para a atividade. A grande maioria dos futuros habitantes veio do Nordeste do Brasil em busca de alternativas. Esse movimento foi intensificado pela grande seca de 1877-1879.

    Por fim, a geografia foi o último fator que favoreceu a ocupação da região pelos brasileiros. Os rios Juruá e Purus não têm cachoeiras, ao contrário do Madeira, e são navegáveis durante o ano inteiro.

    Foi descendo esses rios em busca de seringais que os primeiros brasileiros chegaram a região nos anos de 1870. No final do século XIX, o Acre produzia 60% da borracha exportada pela Amazônia.

    Luta pelo Acre

    O problema da extração de látex nas bacias dos rios Juruá, Purus e Acre era que ela ocorria em território boliviano. Em 1867, Brasil e Bolívia assinaram o Tratado de Ayacucho fixando os limites entre os dois países. Na porção mais ao norte, a fronteira entre os dois países seria uma reta que iniciava no ponto em que o paralelo 10o 20’ cortava o rio Madeira e que ia até a nascente do rio Javari. O texto do tratado permitia também o entendimento de que o próprio paralelo fosse a linha de fronteira.

    Contudo, talvez pelo pouco conhecimento que se tinha da região, o artigo cinco do tratado previa que “se para o fim de fixar, de um a outro ponto, limites que sejam naturais e convenientes a uma e outra nação, parecer vantajosa a troca de territórios, poderá esta ter lugar, abrindo-se, para isso, novas negociações”.

    Pelos termos do acordo, o atual estado do Acre não ficava em território brasileiro, como foi reconhecido por nosso governo no início da questão. Em 1898, o governo brasileiro autorizou os bolivianos a instalarem uma alfândega na localidade de Puerto Alonso, atual Porto Acre. A cidade fica no ponto onde o rio Acre desemboca no Purus.

    O estabelecimento funcionou de três de janeiro de 1899 a 30 de abril de 1899, quando um grupo de seringalistas liderado pelo advogado José Carvalho deu um ultimato ao representante do governo da Bolívia, que se retirou três dias depois.

    A ação contou com o apoio de comerciantes de Manaus e do presidente do estado do Amazonas, José Cardoso Ramalho Jr. Em pouco mais de três meses de operação, a alfândega dera um prejuízo de três mil contos de reis ao tesouro do estado. Uma vez que o látex produzido na região já tinha pago o imposto de exportação na Bolívia, não estava, portanto, sujeito aos impostos brasileiros.

    No dia 14 de julho de 1899 era proclamada a República do Acre. O primeiro presidente foi o espanhol Luiz Galvez Rodrigues de Arias. Em junho do mesmo ano, Galvez denunciara a existência de um acordo entre os governos da Bolívia e dos EUA em que este último se comprometia a defender os direitos bolivianos, a região do Acre por via diplomática ou, em caso de guerra, fornecendo armas e recursos. O acordo, depois negado pelos dois países, teria sido trazido pela canhoneira Wilmington, que navegou o rio Amazonas até o Peru sem autorização do governo brasileiro.

    O então ministro das Relações Exteriores, Olinto de Magalhães, defendendo a interpretação tradicional do Tratado de 1867, não reconheceu a república e tampouco quis intervir, alegando ser o território boliviano.

    Após o governo de La Paz ter enviado três expedições sem sucesso, a primeira República do Acre foi dissolvida, no dia 15 de março de 1900, por militares enviados pelo governo brasileiro.

    Depois disso, os bolivianos mandam nova força militar que é barrada pelos seringueiros em Porto Acre. Ao receber a notícia, o novo presidente do Amazonas, Silvério Néri, organizou um grupo que ficou conhecido como a Expedição dos Poetas. Esses proclamaram a segunda república do Acre e foram derrotados pelos bolivianos em setembro de 1900.

    Rio Branco e Plácido de Castro

    A posição do governo brasileiro com relação ao Acre começou a mudar a partir de 1901. Primeiro, por pressão da opinião da opinião pública, que se solidarizava com os brasileiros do Acre. Depois, por ter o governo da Bolívia arrendado a região para o Bolivian Syndicate. Montado com capitais britânicos e americanos, ligados à indústria da borracha, o contrato praticamente garantia ao Syndicate a soberania sobre a área. Para o governo boliviano, a empresa parecia a solução do problema de como manter a região face à oposição dos acreanos.

    Companhias desse tipo, chamadas de charttered companies, já existiam para a exploração colonial da África. Além das atividades econômicas, sobre as quais não tinham o monopólio, elas tinham poderes políticos e administrativos na área de concessão. Pelo contrato, o Syndicate, por exemplo, estava autorizado a cobrar e arrecadar impostos e manter as forças armadas caso fosse necessário, funções típicas de um Estado.

    A preocupação do governo brasileiro era que o estabelecimento da empresa criasse um fato que levasse a uma corrida colonial na Amazônia. Se o Syndicate conseguisse se estabelecer no Acre estaria aberto o precedente para que as potências coloniais pudessem forçar outros contratos do mesmo gênero. No mesmo ano, o escritor francês Auguste Plane sugeria que na Amazônia não valia a doutrina Monroe e que a reação ao incidente envolvendo a canhoneira

Still have questions? Get your answers by asking now.